A MAIOR BURLA DE SEMPRE !

"Quand le deshonneur est publique, il faut que la vengeance le soit aussi!" - Beaumarchais
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sábado, 11 de setembro de 2010

R E N T R É E

Para todos os meus seguidores e amigos aqui fica, caso não tenham podido ler, um excelente artigo da Drª Clara Ferreira Alves in "Expresso".

Clara Ferreira Alves

Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.

Este é o maior fracasso da democracia portuguesa

Clara Ferreira Alves - "Expresso"


Que mais INFÂMIAS estarão a esconder Drª?

16 comentários:

Karocha disse...

Cara Drª Clara Ferreira Alves
Só há um item em que não concordo consigo - Valle e Azevedo.
Algo não bate certo. Acho que não querem o Dr. Valle e Azevedo e Portugal.
Não sei porquê mas a Drª conhece aquele nosso, bem conhecido, 6º sentido feminino!

Cumprimentos,
Manuela Diaz-Bérrio

Anónimo disse...

Um país verdadeiramente corrupto, vergonhoso e sem Cultura alguma.
Bom fim de semana.

Milan Kem-Dera disse...

Uma pequena parte, apenas uma pequena parte do incontável e do infindável rol dos canalhas e das canalhices nacionais!...

Estou com a CFAlves em todo o texto, só não entendo uma coisa: - como é possível que esta mesma senhora tenha feito uma tão grande "festa" de programas televisivos a um destes infames canalhas?...

Streetwarrior disse...

Pois,a verdade é que desde os tempos dos templários e das Obras da Dª Engrácia, as coisas nunca são investigadas até ao fim.
Pois, talvez porque quem manda em Portugal, serão os mesmos que já mandavam no tempo dos Templários, apenas mudaram de nome.

E já agora, porque razão não diz a C.F Alves quem eles são, se o povo sabe, muito mais sabe ela....acabava-se o poleiro,não era Dª Clara!!

1 beijinho Karocha.
Nuno

Biranta disse...

Discordo, em absoluto, deste arrazoado de C.F.Alves a começar pelo título que rezava qualquer coisa do Ripo: "Povo Acrítico, burro e enbrutecido!"
Enfim... cada um fala por si. Só se C.F.ãlves fala por si própria...
O texto ap+onta algumas das p+iores mazelas deste País, é certo, mas transferir as culpas disso tudo para o "povo", esa é demais... e cmuito conveniente para perpetuar "o parque de recreio de mafiosos" (em qu Portgual já se transformou há muito), sem culpa nenhuma... Pois se a culpa é "dos outros", das vítimas, do povo... como os mafiosos tanto gostam que se diga (e dizem), eles podem ser mafiosos e bandidos e cometer as piores infâmias e patifarias... sem culpa nenhuma. Esse é que é o verdxadeiro descalabro deste País.
Paras quem, como eu (e muitas outras pessoas que conheço) reclama de tudo e depois recebe respostas pérfidas, como as que tenho recebido, ver-se ainda enxovalhado em textos como este, é demais.
a sra. C.F. Alves que se vá curar. Já basta aturarmos, sem saída, as infãmias dos infâmes quanto mais ainda sermos injuriados por estes "pensadores"...
Talvez por isso se lhe apontam "incoerências de actuação" nos comentários...

Karocha disse...

Milan e Street a essas perguntas só a Drª Clara Ferreira Alves vos poderá responder.

Karocha disse...

Biranta
Se ouviu ontem o "Plano inclinado", e como bem dizia o Dr. Medina Carreira, o povo é que vota.
O que mais preocupa o povo, pois eu ando na rua e oiço, é o futebol, a selecção, o Queiroz e as férias.
E votam!!!
Por isso Portugal está como está.
Assim que a SICNoticias disponibilizar os 2 últimos programas do "Plano inclinado", que não sei porquê ainda não estã online, o que não é normal, eu posto-os, para ver, Biranta, como o povo que vota anda tão adormecido com telenovelas, os ídolos, os modelos (em Portugal nem sequer há industria de moda) e etc..
E como eu costumo dizer, já há muitos anos: Votam!

Cumprimentos.

Unknown disse...

Karocha


Infelizmente, concordo com o seu último comentário ....quem é que "os coloca lá ?E depois ...vê alguma manifestação, a não ser por salários...desemprego ...( questões mt legítimas e importantes, sem dúvida )?

Nilson Barcelli disse...

Demolidora...
Beijos, querida amiga.

Luis Alves da Costa disse...

A mulher que escreveu isto fez o seu próprio autoretrato. A diferença é que nunca conseguiu ser riquíssima. Clara Ferreira Alves é uma das apoteoses do Podre, em Portugal, Karocha

glb disse...

Se calhar é dor de cotovelo de nunca ter conseguido uma casa de renda económica. Não gosto da senhora (CFA)desde que falava mal de Portugal. Se está mal mude-se. Faça como o Figo (este só vem cá para alimentar a Fundação). Então o atraso no caso Maddie também é culpa dos portugueses? No estrangeiro não há casos não resolvidos? Por exemplo o Jack, o estripador.

kakauzinha disse...

"Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros."

Infinita e pacata? Não. O povo português gosta de ser o pobrezinho de Cristo, sempre de mão estendida à espera das esmolinhas. Queixa-se de tudo e de todos mas não se preocupa em saber como deve votar. Não assiste a programas e debates, finge que sabe quem são os políticos mas não sabe nada. Está mais preocupado em ir fazer compras aos hipermercados e aos centros comerciais.

Pacatos, os portugueses?! Só quem não os viu nos anos a seguir à tal da revolução, à pedrada e à pancada, em plena Lisboa, e não só, a atentar contra a campanha de partidos que eles queriam ver denominados como fascistas sem o serem. A atentar contra tudo e contra todos que não fossem comunistas e socialistas. A minha família também foi ameaçada, por isso a memória fica. Dolorosa memória.

O povo português vota numa esquerda corrupta, continuamente. Fez do Soares e do Cunhal dois heróis nacionais. E foi por aí fora, sempre batendo na mesma tecla, sempre acobertando canalhas que se multiplicam indefinidamente. A Justiça deixou de ter justiça, vendeu-se ao melhor preço. Pacatez? Não. Profunda burrice e ignorância. Desordem existencial? Não têm desculpa. Já é tempo de crescerem e de pensarem numa existência ordeira, limpa e digna, retomando valores que se perderam. Portugal não tem culpa, os portugueses é que mancham a nação, olhando sempre para o lado.

:))****

Karocha disse...

Isso mesmo KAKAUZINHA!

:-))****

Tripalio disse...

foi pena o Otelo não vos ter colocado a todos no Campo Pequeno!

Karocha disse...

Tripalio

Expliquem lá porque o Otelo me deveria ter posto no Campo Pequeno?
E já agora que sabe tanto, explique porque é que o Otelo com um mandato em branco, foi a casa do José Raimundo de Paula, tirar-lhe uma procuração???
Fico há espera da sua explicação
Cumprimentos
Manuela Diaz-Bérrio aka Karocha Diaz-Bérrio

Karocha disse...

Para compreender melhor, José Raimundo Rodrigues de Paula!